Uma crise administrativa já se alastrou na gestão de Emília Corrêa (PL) em Aracaju em apenas seis meses, mas o questionamento que fica é se ela é realmente a responsável por todas essas articulações ou se está apenas sendo comandada e manipulada por seus aliados, especialmente os irmãos Amorim.
Eleita com o discurso de independência, Emília prometia romper com o chamado “sistemão” e entregar uma gestão feita com as próprias mãos. No entanto, bastou pouco tempo para que o cenário mudasse. Internamente, crescem os comentários de que a prefeita perdeu o controle sobre a máquina pública e que os verdadeiros articuladores da gestão são Edvan e Eduardo.
Nos bastidores, opositores apontam que os irmãos Amorim controlam de 70% a 80% da estrutura da administração municipal. Pastas como Educação, Fazenda, Procuradoria-Geral do Município, além da presidência da EMURB e da EMSURB, estariam sob influência direta do grupo político que sustentou a candidatura de Emília.
E esses questionamentos se intensificam sobretudo diante da sequência de desgastes que atingem a Prefeitura: crise na coleta de lixo, exoneração do porta-voz Carlos Ferreira, contratos emergenciais e uma gestão que ainda não apresentou entregas concretas à população.
Assim, enquanto a cidade enfrenta um momento crítico, em meio a grave crise administrativa que alastra a gestão de Emília, a dúvida permanece: quem de fato está governando Aracaju? Para alguns, pode até ser ela. Inclusive, o vereador Elber Batalha afirmou que as recentes declarações polêmicas de Carlos Ferreira teriam o aval de Corrêa. Mas, também há a hipótese dela ser apenas o fantoche dos Amorim.