A prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, acabou ficando no centro da crise no PL em Sergipe. Após a queda humilhante de Edivan Amorim, destituído pela Nacional depois de anos no comando da legenda, a expectativa era de que ela o acompanhasse em uma nova sigla. Mas a jogada de Valdemar Costa Neto mudou o rumo: ao declarar que Jair Bolsonaro gostaria de vê-la candidata a governadora pelo PL, o dirigente nacional lançou uma isca que pressiona Emília a permanecer no partido.
De um lado, a lealdade ao líder e aliado, que perdeu espaço e influência após ser varrido de Brasília. De outro, a permanência no PL sob a tutela de Rodrigo Valadares, o grande articulador da queda de Edivan e representante do bolsonarismo em Sergipe.
Qualquer decisão terá peso e consequências imediatas para sua trajetória política.
Nos bastidores, a fala de Valdemar foi lida como estratégia clara: segurar Emília, isolar Edivan e consolidar Rodrigo como liderança estadual do partido. Se aceitar a cartada, a prefeita mantém-se no jogo nacional; se recusar, corre o risco de ser vista como oposição ao próprio Bolsonaro.
