quinta-feira, julho 3, 2025

O discurso oposicionista que muda quando convém

Após governo gerar grandes resultados usando as festas como políticas públicas, oposição agora tenta surfar na onda que tanto criticou.

Sergipe voltou a ser o País do Forró, e isso graças às políticas públicas do governo de Fábio Mitidieri (PSD), que recolocaram o Estado em destaque nacional com seus festejos juninos. A retomada cultural impulsionou a economia local, aqueceu o comércio, fortaleceu o turismo e lotou a rede hoteleira em diversas regiões. Com isso, o São João, que sempre foi patrimônio sergipano, voltou a ser também estratégia de desenvolvimento. E, consequentemente, fez a oposição mudar rapidamente de discurso.

Dados oficiais referentes a 2025 devem ser divulgados apenas em setembro, mas os indicadores já mostram o impacto positivo do Arraiá do Povo. Em 2023, no resgate do mote “Sergipe é o País do Forró”, a economia local foi beneficiada com mais de R$ 31 milhões apenas na capital. No ano seguinte, essa cifra saltou para mais de R$ 80 milhões, consolidando o São João como uma força motriz da arrecadação estadual, que cresceu 21,4% entre 2022 e 2024, ou seja, um aumento de R$ 84 milhões no período junino. Segundo o secretário da Seplan, Julio Filgueira, esses números transformam os festejos em um instrumento técnico de avaliação, permitindo mensurar cientificamente o impacto socioeconômico das festas populares. O crescimento consistente na movimentação turística, ocupação hoteleira e no fortalecimento do comércio reforça que essa estratégia é agora reconhecida como vetor de desenvolvimento para Sergipe.

Antes, chamavam o governador de “Festidieri”, em tom pejorativo, criticando o investimento em festas populares. Agora, os mesmos opositores parecem ter aderido, e com gosto, ao modelo que tanto atacaram.

A prefeita Emília Corrêa (PL), por exemplo, subiu em palcos ao lado de artistas como Wesley Safadão, fazendo até mesmo politicamente, mesmo tendo, no passado, feito críticas ao uso de dinheiro público em eventos desse porte.

Thiago de Joaldo também engrossava as críticas ao governo do Estado. Chegou a usar o apelido de “Fábio Festidieri” em suas falas e redes sociais. Hoje, no entanto, é visto dançando nas festas, distribuindo emendas e investindo em eventos com o mesmo formato adotado por Mitidieri. Nos bastidores, ele é até apelidado como “Thiago da Pisadinha”.

O curioso é que, agora que os eventos mostram força, geram adesão popular e movimentam a economia, os opositores tentam surfar na mesma onda, como se sempre tivessem apoiado.

No fim das contas, o que antes era “populismo”, agora virou “valorização cultural”. A mesma política que era tachada de eleitoreira agora é repetida por aqueles que antes diziam que Sergipe precisava de “outra prioridade”. O que mudou? A popularidade das festas, os resultados, e a conveniência de estar nelas.