Nos bastidores, é consenso entre lideranças políticas que os irmãos Amorim são, de fato, quem comandam a Prefeitura de Aracaju. A prefeita Emília Corrêa (PL) seria, na prática, uma espécie de prefeita reborn, um fantoche moldado e conduzido por Edvan e Eduardo, que tomam as principais decisões da gestão.
A cena da última quarta-feira, 18, no Forró Caju, reforça essa tese. Quem recebeu o governador Fábio Mitidieri (PSD) no evento não foi a prefeita, que sequer estava presente, mas sim Edvan Amorim, Eduardo Amorim, o vice-prefeito Ricardo Marques e vereadores da base.
Um gesto que, pela liturgia do cargo, caberia exclusivamente à gestora municipal. Mas não. Quem assumiu esse papel foram os irmãos, deixando claro quem de fato dá as cartas na administração da capital.
O episódio ganhou ainda mais força nos bastidores porque não é de hoje que essa percepção circula. Segundo avaliação de setores da oposição, os irmãos Amorim controlam de 70% a 80% das pastas da Prefeitura, especialmente aquelas com os maiores orçamentos. São eles, e não Emília, que tomam as principais decisões da gestão, desde contratos, nomeações até definições estratégicas, conforme as informações.