Aliados de Emília acusam Valmir de machismo por não aceitar sua posição de líder

Uma pauta extremamente séria e necessária, que é o combate ao machismo na política, passou a ser usada como instrumento de ataque direto a Valmir de Francisquinho nos bastidores da oposição nos últimos dias. Sem conseguir enfrentar sua força política, eleitoral e de liderança, aliados da prefeita de Aracaju, Emília Corrêa, passaram a rotular como “machismo” a reação do pato ao processo que o rebaixou dentro do próprio grupo, numa tentativa clara de deslegitimar sua posição histórica.

As falas, no entanto, ignoram deliberadamente o contexto político do embate e reduzem um conflito de poder a uma narrativa conveniente, construída para blindar decisões centralizadoras da gestora, que sequer tem consultado o grupo para deliberar sua decisões sobre 2026.

O estopim dessa crise foi a mudança no comando do Republicanos. Emília assumiu o controle da legenda e, a partir daí, Valmir, que vinha tentando novamente exercer papel de líder natural do grupo, passou a ser ainda mais colocado numa posição de mero liderado, sem espaço para decisões, como tem sido com relação ao Senado.

E aliados de Valmir rebatem a acusação de machismo com dureza. “Isso é desonestidade intelectual. Valmir sempre conviveu e construiu alianças com mulheres fortes na política. O que ele não aceita é ser empurrado para escanteio dentro de um grupo que ajudou a construir”, afirmou um interlocutor próximo ao prefeito de Itabaiana. Outro foi ainda mais direto: “Quando faltam argumentos políticos, inventa-se qualquer coisa”.