Apesar de ainda tentarem passar a imagem de unidade e de que não há rompimento, mesmo após os episódios em que a própria prefeita admitiu publicamente os desentendimentos, ontem Emília Corrêa deu mais um sinal claro de que não tem mais uma boa relação com o vice-prefeito Ricardo Marques.
A prefeita realizou uma confraternização com a imprensa e, durante entrevista, ao ser questionada sobre a ausência dele, limitou-se a dizer que “ele não precisa de convites”. Ricardo, que segue mantendo o silêncio sobre se há ou não ruptura com Emília, afirmou, por sua vez, que não recebeu convite algum para o evento organizado pela prefeita.
A resposta seca de Emília, dada diante das câmeras, caiu como mais um capítulo de uma relação que já não se sustenta nem no discurso. A prefeita, que tenta minimizar publicamente os atritos, acabou reforçando a leitura de que não faz mais questão de esconder o desconforto e o distanciamento do vice. E o comentário foi interpretado nos bastidores como ironia e doboche, como um recado direto de que Ricardo já não tem qualquer relevância na sua gestão.
Ricardo, por sua vez, devolveu no mesmo tom: não atacou, mas deixou evidente que não foi comunicado da confraternização. A postura reforça o silêncio estratégico que ele tem adotado desde o início da crise, optando por não confrontar diretamente a prefeita, mas também não endossar o discurso de “harmonia” que ela tenta sustentar. Na prática, esse silêncio imponente amplia ainda mais a percepção de ruptura e demonstra que a relação institucional entre os dois se tornou meramente protocolar.
