A contraproposta enviada pela Prefeitura de Aracaju na reunião com o Sindipema escancarou a forma como a prefeita Emília Corrêa trata a educação: com descaso e desrespeito à categoria que sustenta a rede municipal. Em vez de atender à reivindicação legítima de aplicação do Piso Nacional na Carreira, a gestão apresentou uma proposta que ataca frontalmente os professores e professoras da capital.
A tentativa de modificar percentuais de progressão, reduzir ganhos por titulação e extinguir a GEA mostra que o discurso da valorização nunca passou de retórica. A prefeita insiste em descumprir decisões judiciais, ignora o acúmulo de derrotas no Tribunal de Justiça e tenta impor à categoria uma solução que reduz salários e enfraquece a carreira.
Mais grave ainda é a contradição: enquanto a Constituição e o Supremo Tribunal Federal garantem a aplicação do piso como referência, a Prefeitura usa o argumento de que “não existem professores no Nível Especial 1, Letra A” para justificar alterações que retiram direitos de todos. É a política da exceção transformada em regra para precarizar o serviço público.
A postura de Emília Corrêa, avaliada por dirigentes sindicais como um verdadeiro ataque à dignidade do magistério, reforça o distanciamento da prefeita em relação à educação. Ao invés de dialogar de forma transparente, a gestão opta por impor retrocessos e alimentar um clima de confronto permanente com a categoria.
O Sindipema já anunciou que levará o caso à assembleia e reafirmou que não aceitará a perda de direitos consolidados.