A guerra pelo comando do PL em Sergipe ganhou novos contornos nesta semana. E o deputado federal Rodrigo Valadares, que sonhava em consolidar seu espaço como líder do bolsonarismo no estado, pode acabar sendo engolido pelo “sistemão” montado por Edvan Amorim e Emília Corrêa.
Ao lado da prefeita de Aracaju, Edvan costurou apoios, alinhou antigos desafetos e montou uma frente que tem força para barrar de vez a ascensão de Valadares dentro da sigla, segundo informações exclusivas divulgadas nesta semana pela Revista Realce.
E vale pontuar que Emília posa de aliada de Rodrigo na disputa ao Senado, mas nos bastidores a máquina municipal tem sido direcionada para turbinar a pré-candidatura de Eduardo Amorim, deixando o deputado a ver navios.
Para analistas, o “apoio” da prefeita é apenas uma blindagem de fachada para evitar desgaste com os bolsonaristas mais fiéis, enquanto na prática ela vai minando o espaço de Rodrigo.
Edvan, por sua vez, recupera o fôlego que muitos julgavam perdido. Reuniu figuras como Valmir de Francisquinho, Thiago de Joaldo e Ícaro de Valmir, ampliando o peso político do seu bloco e impondo incertezas até à direção nacional do PL. O jogo que antes parecia nas mãos de Rodrigo agora se equilibra, e com tendência de pender contra ele.
Se nada mudar, a realidade é dura: Rodrigo Valadares corre o risco de sair da queda de braço sem comando de partido, sem estrutura e ainda escanteado pelo próprio grupo que dizia lhe apoiar. Engolido pelo sistemão de Emília e Edvan, o deputado pode ver seu sonho de protagonismo virar pó antes mesmo do início da campanha e, segundo a revista pode até mesmo recuar da corrida para o Senado.